A redação do Enem continua sendo um dos momentos mais decisivos da prova. Em 2025, a estrutura permanece no formato de texto dissertativo-argumentativo, com exigência de domínio da norma-padrão da língua portuguesa, organização das ideias e uma proposta de intervenção para o problema apresentado. Saiba como é a estrutura logo abaixo.
Estrutura de uma redação do Enem em 2025
A redação deve ser organizada em quatro partes principais: introdução, desenvolvimento (com dois parágrafos, geralmente) e conclusão. A introdução apresenta o tema e a sua tese, ou seja, o ponto de vista que será defendido. No desenvolvimento, são apresentados os argumentos que sustentam essa tese.
A conclusão, por sua vez, retoma os principais pontos da argumentação e apresenta uma solução viável para o problema discutido.
Cada parágrafo precisa ter coerência e coesão, o que significa que as ideias devem se conectar de forma lógica e bem estruturada. Também é fundamental utilizar marcadores discursivos, como “além disso”, “por outro lado”, “nesse contexto”, entre outros, para guiar a leitura do corretor.
Por fim, vale lembrar que o Enem avalia a redação com base em cinco competências, que juntas somam até 1000 pontos. Ter em mente essa estrutura ajuda a se preparar com mais segurança e foco.
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O que vai cair na redação do Enem de 2025?
Embora o tema exato da redação só seja revelado no dia da prova, é possível se preparar com base em tendências. Os temas da redação do Enem costumam tratar de problemas sociais, culturais, políticos ou ambientais que afetam o Brasil, sempre exigindo uma abordagem crítica e propositiva.
Temas anteriores abordaram assuntos como o acesso à educação, os desafios da saúde mental, a violência contra a mulher e os impactos da tecnologia. Em 2025, é provável que o tema siga essa linha, abordando, por exemplo, questões ambientais, inclusão social, tecnologia ou saúde pública.
Segundo o site Brasil Escola, uma boa forma de se preparar é acompanhar atualidades, ler notícias, aprender a interpretar textos, assistir a debates e fazer simulados com temas diversos. Isso amplia o repertório sociocultural, que é muito valorizado na nota final.
Portanto, ainda que o tema exato seja imprevisível, quem treina com frequência e se mantém informado tem muito mais chances de se sair bem.
Como será o Enem 2025?
O Enem 2025 manterá seu formato tradicional, com dois dias de prova. A redação continua sendo aplicada no primeiro dia, junto das provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas. No segundo dia, os estudantes farão Matemática e Ciências da Natureza.
A redação é realizada à mão e tem limite de 30 linhas, com espaço reservado para rascunho. A folha oficial da redação não pode conter nenhum tipo de rasura ou desenho que identifique o candidato.
Uma novidade esperada para os próximos anos, segundo o Inep, é a ampliação do Enem Digital, mas a redação, por enquanto, seguirá sendo escrita manualmente, mesmo na versão digital da prova.
É importante ficar atento ao edital do Enem 2025, que será divulgado oficialmente pelo Inep, para confirmar datas, regras e possíveis atualizações no modelo da prova.
Para ver depois: Gestão escolar ativa: principais estratégias para aplicar.
Quais são as regras para a redação do Enem?
Algumas regras são essenciais para que sua redação seja considerada válida e bem avaliada. A primeira delas é seguir o gênero dissertativo-argumentativo, apresentando uma tese clara e desenvolvendo argumentos coerentes.
Além disso, é obrigatório apresentar uma proposta de intervenção na conclusão, que seja viável e respeite os direitos humanos. Essa proposta deve incluir elementos como agente, ação, modo, efeito e detalhamento.
A redação deve ser escrita em português formal, sem uso de gírias, abreviações ou linguagem informal. É proibido deixar a redação em branco ou fugir totalmente do tema proposto — essas atitudes resultam em nota zero.
Também é importante escrever de forma legível e manter-se dentro do limite de 30 linhas. Qualquer desvio dessas normas pode prejudicar sua nota ou até zerar sua redação.
O que zera a redação do Enem?
Existem vários motivos que podem levar à nota zero na redação do Enem. O mais comum é fugir totalmente ao tema proposto, o que mostra que o candidato não compreendeu a proposta.
Outro motivo é não respeitar o gênero dissertativo-argumentativo, ou seja, escrever um poema, uma narração ou até uma carta. Além disso, a redação será zerada se for copiada dos textos motivadores, se tiver desrespeito aos direitos humanos, ou se estiver ilegível ou com menos de 7 linhas.
Inserir trechos desconexos, como receitas de bolo, letras de música sem relação com o tema, ou escrever frases como “essa redação está errada” também são motivos de anulação.
Por isso, o ideal é sempre praticar com atenção às regras e, se possível, pedir a correção de professores ou plataformas especializadas.
Quais palavras iniciam uma redação?
Iniciar bem uma redação é essencial para conquistar o leitor (e o corretor!). Algumas expressões ajudam a dar início ao texto de forma clara e direta. Exemplos comuns são:
- “É notório que…”
- “Atualmente, observa-se que…”
- “Diante do cenário atual…”
- “Com o avanço da sociedade…”
- “A temática em questão trata de…”
Essas frases ajudam a contextualizar o tema e introduzir a tese. O mais importante é evitar frases genéricas ou repetidas demais, e sim apresentar logo de início o posicionamento que será defendido ao longo do texto.
Uma dica valiosa é treinar diferentes formas de introdução, para variar o estilo e encontrar a que mais combina com o seu tipo de escrita.
Quais palavras enriquecem a redação?
Existem várias palavras e expressões que tornam sua redação mais formal e sofisticada. No lugar de “muito importante”, por exemplo, você pode usar “relevante”, “fundamental” ou “imprescindível”. Em vez de “porque”, pode usar “haja vista que” ou “tendo em vista”.
Outras expressões úteis incluem:
- “Sob essa perspectiva”
- “Ademais”
- “Outrossim”
- “Por conseguinte”
- “Logo”
- “É válido ressaltar”
Também é interessante usar referências socioculturais, como dados do IBGE, autores como Paulo Freire, filósofos como Aristóteles ou documentos oficiais como a Constituição de 1988.
Esses elementos mostram domínio da linguagem e do conteúdo, além de enriquecerem a argumentação e aumentarem sua nota final.
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